Curitibana estreia na literatura com trama eletrizante sobre espiões, romance e reviravoltas

30 de agosto de 2025 por Vanessa Brollo

Apaixonada por literatura desde a infância, a curitibana Letícia Girata sempre leu muito e começou a escrever ainda na adolescência, aos 16 anos. Psicóloga e empresária, fundadora da loja de artigos infantis Le Bébé, em Curitiba, ela viu na escrita uma forma de lazer e realização pessoal. A ideia de transformar esse hobby em um projeto literário surgiu durante a pandemia, quando Letícia, recém-mãe, decidiu se matricular em um curso de escrita criativa.

“Um dos exercícios foi o ponto de partida para a criação dos personagens, e segui escrevendo até concluir o livro em 2021. Do ponto de vista da técnica, ficou mais fácil porque não dependia apenas da minha criatividade e vontade. Como era pandemia, havia bastante tempo livre. Depois que a vida voltou a acontecer, os momentos para escrever diminuíram, mas escrever nunca foi sacrifício para mim, sempre foi um lazer”, conta a autora.

 

Três anos depois, incentivada pelo marido, Letícia tirou a história da gaveta e apresentou a obra a algumas editoras. Assim conquistou a Editora Viseu, que abraçou o projeto e lançou o livro. Desde então, “O Décimo Terceiro Signo – O Serpentário” vem recebendo elogios nas redes sociais e avaliações de cinco estrelas na Amazon. Atualmente, a escritora já trabalha na sequência e compartilha seu processo criativo no Instagram @leticiagirata.

 

Hoje, a escrita segue ocupando os espaços possíveis em sua rotina. “Eu escrevo sempre que tenho uma janela, mesmo que mínima, de tempo. Como ainda amamento de madrugada, às vezes pego o celular e rascunho ideias. Os momentos dedicados exclusivamente à escrita ainda são raros. Sendo mãe de duas, às vezes acontece aos domingos, outras vezes à noite durante a semana. Quem quer dá um jeito”, afirma.

 

A obra apresenta Dalila, uma jovem de 18 anos com uma vida aparentemente comum, até ser recrutada para uma equipe secreta de agentes de elite. Entre missões perigosas, espiões, rivais mortais e um romance inesperado, a protagonista é testada em seus limites físicos e emocionais. A trama levanta dilemas instigantes, como o conflito entre a sobrevivência em meio à ação e a possibilidade de se entregar ao amor.

 

A motivação de Letícia nasceu da vontade de criar uma história que ela mesma gostaria de ler. “Sempre imaginei finais diferentes para os livros e pensava em histórias para personagens coadjuvantes. Talvez eu tenha começado a escrever justamente uma história que nunca encontrei pronta”, revela.

 

Para os novos escritores, a dica de Letícia é simples, mas poderosa:

“A única dica é não desistir. Parece piegas, mas é exatamente isso. As dificuldades estão aí para todos, em maior ou menor grau. Se é um sonho, significa que já existe na sua cabeça. Com dedicação e persistência, dá para fazê-lo existir fora também. Não espere ajuda ou apoio, se tiver, ótimo, mas se não tiver, siga caminhando sozinho.”

 

@leticiagirata