
Sim, os pães artesanais da foto são de dar água na boca mesmo. Quem produz essas delícias é Celi Anizelli, uma apaixonada por pães que cita Cervantes para explicar essa paixão:"Todas as tristezas são menores com pão". E realmente é ao redor de uma mesa você conversa, experimenta sabores. “Basta deixar que aconteça”, aconselha .
O Plano B da Celi poderia ter sido a literatura. Ela faz crônicas, poesias e reflexões em 2 blogs: sal de açúcar e diário de Antônio ( que conta histórias de mãe e filho e que já virou livro virtual).Entre um texto e outro Celi sempre preparou pães em casa. Segundo ela, os amigos já se acostumaram a ser recebidos com pão quentinho na mesa e uma boa conversa. E foi assim, aliás, que eu fui muito bem recebida. Minha ideia era ficar no máximo 1 hora conversando com a Celi, mas com a mesa toda arrumada e pão assando, claro que acabei ficando 2 horas e meia na casa dela. Celi é formada em administração e trabalhou na área de logística. Há 10 anos, ela decidiu começar a vender os pães, até por insistência dos amigos. No início era uma receita básica de pão caseiro, mas ela percebeu que poderia ajudar outras pessoas, que têm restrições alimentares, a também sentirem o prazer de saborear um pão bem gostoso . Mas as receitas não foram surgindo de uma hora para outra. Quando decidiu que iria vender pães Celi foi atrás de qualificação. Fez um curso de panificação e não parou mais. Ela tem uma oficina muito bem montada em casa e já oferece cursos . A produção semanal é de 80 pães e os clientes, que buscam pão na casa da Celi , têm que reservar porque acaba tudo rapidinho.
Celi viveu em uma cidade pequena, Primeiro de maio, no interior do Paraná e diz que ao fazer pães, resgata valores, sabores e sensações do tempo de criança, das mulheres da casa cozinhando no fogão à lenha, do bem estar que momentos assim proporcionavam para ela. Depois de um tempo conversando com a Celi fiquei com a impressão que os pães, além de gostosos estão repletos de poesia. E até os nomes dos pães são homenagens a pessoas muito especiais para ela. -O pão Caseiro Seis Marias , é a lembrança de uma família pioneira do interior do Paraná. Celi conta que a matriarca, dona Vera, teve seis filhas ,as Marias que, apesar das dificuldades da vida são expoentes na cultura do Paraná. - O pão Veruska Multigrãos é a homenagem à dona Vera, mãe das Seis Marias, do pão caseiro. Pão de mãe mesmo, super nutritivo, com amaranto, quinoa, linhaça, gergelim e semente de girassol. - O pão doce Ana Maria, é uma homenagem à irmã da Celi. “Em um momento difícil da minha vida, ela, que é uma empresária ocupada, me deu o que tem de mais precioso, o tempo. Ela mora em Londrina e veio para Curitiba para conversar, dar apoio, solidariedade . E durante essa visita me ensinou a receita do pão doce. -O pão ervas Rosana é uma homenagem a uma amiga de 20 anos que Celi descreve da seguinte maneira: “É uma pessoa que te faz refletir sobre a sua alma”. Poesia né gente? Ou melhor, um pão de ervas delicioso. -O pão Karine 100% integral foi batizado com o nome de quem encomendou o pão, e que estava em busca de uma melhor qualidade de vida . A Karine acabou incentivando a Celi a fazer novamente uma receita de pão integral que ela já desenvolvia no início. Além de ter agradado a Karine o pão hoje atende pessoas com diabetes e veganos, pois não tem açúcar e nenhum ingrediente de procedência animal. Também foi o incentivo que a Celi precisava para fazer pães personalizados. Junto com a nutricionista do cliente, ela desenvolve uma receita específica. Tudo para que o prazer de comer pão esteja ao alcance de todos.
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UMA OFICINA DE PÃES PODE ESTIMULAR A SUA CRIATIVIDADE
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